VOCÊ VEM
Você vem,
dá um oi, um tchau,
e sai.
Não deixa sequer
um rastro,
um gesto, um sinal,
e eu fico mal,
me sinto desolado,
fico decepcionado.

A gente
não consegue conversar,
não há como dialogar,
somos dois extremos
bem distantes e pendentes,
duas bandeiras hasteadas,
em locais diferentes,
não nos falamos,
nem nos vemos.

Eu fico aguardando
seu retorno, sua volta,
mesmo sabendo
que você vai de novo
dar um oi, um tchau,
e logo vai sair.
Eu sei que tudo será igual,
e, invariavelmente,
tudo vai se repetir.

Cícero Alvernaz (autor) 02-10-2-15.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

POEMA DA LAVADEIRA

ZONA RURAL