PELAS VIELAS

Pelas vielas,
em rua apertada
ou mesmo na estrada
a pé ou de carro
achado ou perdido,
no sol ou na chuva,
na sombra ou no sol,
resquício de sonho,
caminha tristonho
sem fé, sem destino,
adulto ou menino,
em seu abandono.

As noites de sono
perdidas, achadas,
trilhando estradas
que levam a nada,
lugar tão comum,
destino nenhum
que o tempo escolheu.
São muitas perguntas
que pairam bem juntas
a lhe inquirir...
Não sabe chorar,
não pode sorrir.

Pelas vielas
da vida sem rumo,
refém do passado,
escravo do agora,
partiu, foi embora,
com sua revolta.
O homem sem pátria,
sem lar, sem país,
é um desertor.
Despreza o seu sangue,
caminha exangue,
se vai sem amor.

Cícero Alvernaz (autor), 29-09-2015.

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