LICENÇA POÉTICA
Quero licença para viver,
quero licença para esquecer a ética,
quero licença para reviver
a minha licença poética.
Minha licença lunática,
febre de querer o impossível,
inventar a minha matemática
e ver além do invisível.
Quero licença poética,
fazer do presente um ausente,
esquecer a ditadura da estética,
e assim ser mais irreverente.
Esquecer sinônimos, conjugações,
na minha poesia frenética
botar mais lenha, tecer mais emoções,
com uma verdade hipotética.
Cícero Alvernaz (autor), 09-08-2015.

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