LETARGIA
Selva perdida, pedaço de vida,
que o tempo manhoso
não quis registrar.
Sol se abrindo, vontade emergindo,
sombra comprida
a se esticar.
Selva perdida, pedaço de vida,
que o tempo manhoso
não quis registrar.
Sol se abrindo, vontade emergindo,
sombra comprida
a se esticar.
Sabor de pimenta, a vida inventa
seus truques estranhos
querendo provar.
Estrada poenta, poeira na venta,
vida sem graça
a espreguiçar.
seus truques estranhos
querendo provar.
Estrada poenta, poeira na venta,
vida sem graça
a espreguiçar.
Pedaços de sonhos, olhares tristonhos,
desejos contidos,
cruel letargia.
A sede aumenta, a tarde é lenta,
procuro saída,
procuro alegria.
desejos contidos,
cruel letargia.
A sede aumenta, a tarde é lenta,
procuro saída,
procuro alegria.
Não há mais remédio, cansaço e tédio,
estranha figura
eu vejo passar.
Selva perdida, pedaço de vida,
procuro alguém
pra desabafar.
estranha figura
eu vejo passar.
Selva perdida, pedaço de vida,
procuro alguém
pra desabafar.
Cícero Alvernaz (autor), 16-08-2015.
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