QUANDO NÃO HÁ VENCEDORES NEM PERDEDORES

Hoje me sinto aliviado e feliz por ter feito uma escolha consciente, sem ser constrangido ou coagido a escolher o meu candidato, seja pelo motivo que for, mas posso dizer que nesta eleição, com certeza, não houve vencedores nem perdedores. E se houve um perdedor, foi o Brasil quem perdeu mais uma vez em função do medo de milhões de pessoas que foram chantageadas através do benefício ou Programa denominado “Bolsa Família”. Esta é a maior arma do Governo Federal, a qual foi usada com maestria explorando a miséria do povo brasileiro e inculcando o medo com a ameaça de perder um benefício que para muitos representa a estabilidade e a condição de não precisar mais trabalhar, tendo uma espécie de aposentadoria precoce.
Agindo assim, qualquer governo se perpetua no poder. Essa tática é comum nas Ditaduras existentes pelo mundo afora. O cidadão vira refém dos políticos e tem o seu voto e a sua consciência comprados por alguns reais mensalmente. Conversei via internet com uma pessoa do interior de Minas e ela me disse que votou na candidata oficial porque ficou com medo de perder o seu benefício. Ela tem três filhos, o marido trabalha na roça e dependem desta Bolsa para criar os filhos. Quando eu lhe disse a verdade, ela me disse que pensou em votar no Aécio, mas ficou com medo por causa das coisas que lhe falaram. Imaginei a situação de tantos milhões que queriam conscientemente votar no candidato da mudança, mas tiveram que votar pela continuidade da corrupção, da inflação, do “entreguismo” e da incompetência. Assim fica fácil ganhar, e mesmo assim o resultado foi apertado, sinal evidente de que o povo não agüenta mais este governo que se instalou em Brasília e hoje lança os seus tentáculos e alcança vários países da América do Sul os quais comungam com esta mesma forma de governar. E usa o nosso País como uma rota de saída e sustenta Ditaduras antigas e encarniçadas como a de Cuba de Fidel ou de Raul Castro.
Estou feliz pelo voto que dei e pela participação neste processo. Não fui constrangido a votar, não me chantagearam, sou um cidadão livre, ou, pelo menos me julgo assim. Sou brasileiro, não tenho medo, mas tenho orgulho de ostentar as nossas cores e defendo a volta do nacionalismo, do patriotismo. Não quero perder a minha identidade, quero que o nosso hino volte a ser cantado nas escolas, ser reverenciado e que a nossa Bandeira seja hasteada como símbolo maior de nosso País e de nossa soberania. Não sei o que vai acontecer daqui pra frente. Há muita especulação, alguém mais afoito chegou a falar em impeachment devido às denúncias fortes de corrupção, não só pela revista Veja, mas por todos os demais órgãos de imprensa, muito antes da campanha eleitoral se iniciar. Creio no Brasil e acredito no povo brasileiro. Não vejo necessidade de revolução ou de manifestações violentas, mas imagino que há milhões de pessoas com o sentimento de que o Brasil não caminha bem e tende a piorar nos próximos anos. Quero ser otimista, mas os números publicados não são bons. Entendo que o pior de tudo é a corrupção desenfreada que se instalou neste País. E pior do que tudo isto é negar a sua existência e tentar tapar o sol com a peneira. Meu candidato venceu, meu candidato é a minha consciência.

Cícero Alvernaz (cidadão brasileiro e guaçuano)
Mogi Guaçu, 27-10-2014.

Comentários

Cícero Alvernaz disse…
Essa eleição foi uma vergonha nacional, e mostrou a fragilidade das urnas eletrônicas, que podem sim, serem manipuladas a favor e contra algum candidato. As eleições no Brasil perderam a sua aura de lisura que tinham, e hoje estão sob fortes suspeitas. Pobre Brasil!

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