NA MINHA RUA

Na minha rua não tem melodia,
não tem mais festança, não tem poesia.
Na minha rua é tudo tristonho,
até o domingo não é mais risonho.

Na minha rua o dia não passa,
eu vejo pessoas fazendo arruaça.
Na minha rua o grilo não canta,
a felicidade de medo se espanta.

Na minha rua não vejo crianças,
no ar só se sente antigas lembranças
Na minha rua não há alegria,
ninguém se entende, nem dizem "bom dia".

Os tempos mudaram, a vida correu,
a velha amizade aos poucos morreu.
Na minha rua só ouço o grito
de alguém que lamenta e vive aflito.

Cícero Alvernaz (autor), 05-08-2014.

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