Com o tempo, a gente descobre que as coisas importantes não são tão importantes, que há coisas mais importantes e essenciais no nosso dia a dia. Com o tempo, ficamos mais seletivos e mais ativos e não ligamos mais para coisinhas, frivolidades, mal querências, advertências e indiretas. Somos como uma árvore bem enraizada, profunda que não se abala com a força do vento e da tempestade. Amadurecemos, mas continuamos rijos e fortes, diferentemente da fruta que amadurece e depois cai. Com o tempo, a gente cria um mecanismo de auto defesa e nada nos abate ou nos pressiona. Deixamos de ser egoístas e otimistas para sermos realistas, focados em algo que realmente nos interessa. Com o tempo, a gente se desfaz de velhos hábitos e costumes e passa a valorizar mais as pessoas e a vida das pessoas. Descobrimos, enfim, o que realmente é viver e produzir sem se imiscuir em questões outras, alheias a nós e à nossa vida. Finalmente, vivemos, compreendemos e nos compreendemos dentro do contexto da vida.

Cícero Alvernaz (autor), 06-08-2014.

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