O VELHO CARRO DE BOIS
Pela estrada vem cantando
O velho carro de bois.
O seu canto traz saudades
De um tempo que se foi.
Doze bois o vem puxando
Lentamente e cansados,
Na subida eles choram
Pois o carro está pesado.
O carreiro o conduz
Pelas curvas do estradão,
Suas rodas vão cantando
Deixando marcas no chão.
Ele canta carregado
Sua mística canção,
Transportando a riqueza
Produzida no sertão.
O velho carro de bois
Tem histórias pra contar:
Desde o tempo dos escravos
Ele vive a trabalhar.
Cícero Alvernaz (Autor)
Mogi Guaçu, SP, 23-08-1989.
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