ANDANDO A ESMO

Vou andando sem razão e sem destino,
sozinho e sem caminho, ou num caminho intransitável
que me fere a alma e me fere os pés.
Penso na poesia do caminho e caminho
na força da minha poesia
que alarga o meu caminho e o meu dia.
Vou andando a esmo, muitas vezes sem ser eu mesmo
nesse caminho no qual eu ando a esmo.
O caminho é longo e mal
e os meus pés já estão feridos e doídos.
Vou andando por aí em linha reta, vou a pé,
sem bicicleta e sem companhia.
Estou cansado e com sede, penso numa rede
onde eu poderia me deitar.
Sigo em frente, pois de repente
pode ser que eu encontre alguma gente,
alguma companhia que possa amenizar o meu dia.
(09-04-2022)

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