UM POETA NA CHUVA
A chuva veio brincando
e eu brinquei com ela,
veio mansinha, pequena,
veio amável, singela,
depois molhou meus cabelos
e molhou as minhas roupas,
depois molhou meus sapatos
e escorreu pelo chão,
caminhou por entre as pedras,
abriu um caminho na terra,
depois virou enxurrada
e molhou toda estrada
com seus pingos, sua força,
sua fúria e seu vento,
e balançou a estrutura
de um velho apartamento.
Olhei a chuva medonha,
não entendi quase nada,
pois ela, apesar de tudo,
era chuva abençoada,
num momento fiz um verso,
mas a chuva o molhou
transformou meu universo,
no meu peito se instalou.
A chuva veio brincando
como criança em casa,
porém depois criou asa
e para longe voou.
A chuva veio brincando
e eu brinquei com ela,
veio mansinha, pequena,
veio amável, singela,
depois molhou meus cabelos
e molhou as minhas roupas,
depois molhou meus sapatos
e escorreu pelo chão,
caminhou por entre as pedras,
abriu um caminho na terra,
depois virou enxurrada
e molhou toda estrada
com seus pingos, sua força,
sua fúria e seu vento,
e balançou a estrutura
de um velho apartamento.
Olhei a chuva medonha,
não entendi quase nada,
pois ela, apesar de tudo,
era chuva abençoada,
num momento fiz um verso,
mas a chuva o molhou
transformou meu universo,
no meu peito se instalou.
A chuva veio brincando
como criança em casa,
porém depois criou asa
e para longe voou.
Cícero Alvernaz (autor)
23-05-2020
23-05-2020
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