RADIALISTA
Já fui radialista e as lembranças são muitas. Fiz programação evangélica de tarde e de noite numa rádio comunitária ligada à igreja. É uma sensação diferente entrar num estúdio, geralmente improvisado, com uma mesa e algumas cadeiras para os eventuais convidados, esperar acender a luz vermelha e depois começar a falar. É claro que eu preparava alguma coisa antes, inclusive os hinos do meu cantor preferido e de alguns outros. Mas o mais importante era a apresentação em si (quase tudo de improviso) e a colocação da "voz de locutor" com a impostação necessária, mas nada profissional. Eu nunca aceitei falar com ninguém ao vivo com medo de escapar alguma coisa, ou ouvir algo contrário à programação. Sempre preferi ser eu, o técnico e mais ninguém; às vezes eu levava um convidado, mas isto era muito raro. Eu gostava daquela brincadeira séria até que um dia o mantenedor resolveu jogar "areia no meu mingau". Sozinho eu não tinha condição de manter, então saí sem sequer me despedir dos meus raros ouvintes. Foi bom enquanto durou, mas um dia se acabou. Ganhei experiência e isto abriu caminho para que eu me tornasse um jornalista, mas aí é outra história. (05-10-2019)
Já fui radialista e as lembranças são muitas. Fiz programação evangélica de tarde e de noite numa rádio comunitária ligada à igreja. É uma sensação diferente entrar num estúdio, geralmente improvisado, com uma mesa e algumas cadeiras para os eventuais convidados, esperar acender a luz vermelha e depois começar a falar. É claro que eu preparava alguma coisa antes, inclusive os hinos do meu cantor preferido e de alguns outros. Mas o mais importante era a apresentação em si (quase tudo de improviso) e a colocação da "voz de locutor" com a impostação necessária, mas nada profissional. Eu nunca aceitei falar com ninguém ao vivo com medo de escapar alguma coisa, ou ouvir algo contrário à programação. Sempre preferi ser eu, o técnico e mais ninguém; às vezes eu levava um convidado, mas isto era muito raro. Eu gostava daquela brincadeira séria até que um dia o mantenedor resolveu jogar "areia no meu mingau". Sozinho eu não tinha condição de manter, então saí sem sequer me despedir dos meus raros ouvintes. Foi bom enquanto durou, mas um dia se acabou. Ganhei experiência e isto abriu caminho para que eu me tornasse um jornalista, mas aí é outra história. (05-10-2019)
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