PORQUINHO-DA-ÍNDIA
O poeta Manuel Bandeira fez um poema sobre um porquinho-da-índia que ele ganhou quando era criança. O apego dele com o animalzinho foi imediato, mas não foi recíproco, o menino Bandeira ficava andando atrás do porquinho tentando pega-lo, ou fazer um carinho, mas o animalzinho sempre escapava e entrava debaixo da cama, debaixo do fogão e era uma luta todo dia. No final do poema, Bandeira exclamou no seu último verso: "O meu porquinho-da-índia foi minha primeira namorada". Esse poema é encantador, de uma beleza muito pura e sutil.
(01-10-2019)
(01-10-2019)
PORQUINHO-DA-ÍNDIA
Quando eu tinha seis anos
Ganhei um porquinho-da-índia.
Que dor de coração me dava
Porque o bichinho só queria estar debaixo do fogão!
Levava ele pra sala
Pra os lugares mais bonitos mais limpinhos
Ele não gostava:
Queria era estar debaixo do fogão.
Não fazia caso nenhum das minhas ternurinhas...
Quando eu tinha seis anos
Ganhei um porquinho-da-índia.
Que dor de coração me dava
Porque o bichinho só queria estar debaixo do fogão!
Levava ele pra sala
Pra os lugares mais bonitos mais limpinhos
Ele não gostava:
Queria era estar debaixo do fogão.
Não fazia caso nenhum das minhas ternurinhas...
- O meu porquinho-da-índia foi minha primeira namorada.
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