VASO SEM FLOR
Não sou esquerdista,
e não sou petista,
não sou direitista,
não sou anarquista,
nem sou analista.
Sou fruto da terra,
sou fruto do meio,
sou fonte sem água,
poeta sem mágoa,
menino sem sonho,
criança sem lar.
Sou mato, sou fato,
sou livro, sou luz,
alguém que conduz
a chama do amor.
Sou céu sem estrelas,
sou fruta e pomar,
poeta sem verso
que vaga disperso,
sozinho na estrada,
sou tudo e sou nada
e vago assim
com pena de mim
que sou tão estranho
neste universo
de rima e de verso,
de sonho e flor
em busca do amor.
Bailando ao vento
no meu doce intento
a todo momento
no meu desalento
sou vaso sem flor.
Cícero Alvernaz (autor) 31-08-2018.

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