CADA UM É CADA UM
Comer canjica quente,
andar pra trás,
escorar no poste,
andar debaixo de ponte,
pedir favor a um desconhecido,
enfrentar cão bravo,
conversar com bêbado,
amansar cavalo bravo,
passar na pinguela,
votar no Lula,
lamber panela,
mascar chicletes com a boca aberta,
beber água no prato,
surfar no tronco de bananeira,
cuspir pra frente,
fazer xixi no muro,
fechar os olhos no escuro,
beber leite azedo,
passar perto do cemitério sem medo,
roer a unha do pé,
cheirar chulé,
usar copo quebrado,
lamber o prato,
tomar banho de meia,
subir no muro para ver a vizinha,
dormir na cozinha,
dormir na área,
não dar descarga,
pintar sem pincel,
falar sem raciocinar,
comer e depois arrotar,
pedir dinheiro emprestado,
paquerar alguém da janela,
comer e lamber a tigela,
desfilar sem passarela,
tudo isto surpreende
e a gente não entende,
pois não devia ser algo comum,
mas cada um é cada um.
Comer canjica quente,
andar pra trás,
escorar no poste,
andar debaixo de ponte,
pedir favor a um desconhecido,
enfrentar cão bravo,
conversar com bêbado,
amansar cavalo bravo,
passar na pinguela,
votar no Lula,
lamber panela,
mascar chicletes com a boca aberta,
beber água no prato,
surfar no tronco de bananeira,
cuspir pra frente,
fazer xixi no muro,
fechar os olhos no escuro,
beber leite azedo,
passar perto do cemitério sem medo,
roer a unha do pé,
cheirar chulé,
usar copo quebrado,
lamber o prato,
tomar banho de meia,
subir no muro para ver a vizinha,
dormir na cozinha,
dormir na área,
não dar descarga,
pintar sem pincel,
falar sem raciocinar,
comer e depois arrotar,
pedir dinheiro emprestado,
paquerar alguém da janela,
comer e lamber a tigela,
desfilar sem passarela,
tudo isto surpreende
e a gente não entende,
pois não devia ser algo comum,
mas cada um é cada um.
Cícero Alvernaz (autor) 14-07-2018.
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