SOU UM GATO
De uns tempos para cá
descobri que velho é igual gato:
levanta, dá umas voltas
e depois volta a se deitar.
Dorme um pouco, depois levanta,
corre um pouco, dá uns pulos,
se cansa e depois volta a se deitar.
Dorme bastante, sonha, se mexe,
se estica, se vira, revira, abre a boca,
depois se levanta, come alguma coisa,
corre um pouco no quintal,
sobe onde não deve subir,
desce, reclama da vida
depois, cansado de reclamar
se deita de novo
e aí começa tudo outra vez.
De uns tempos para cá
descobri que sou um gato.

Cícero Alvernaz (autor)
14-04-2018.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

POEMA DA LAVADEIRA

ZONA RURAL