MEU PAI
Meu pai me olhava
e quase nada falava,
me deixava pensativo.
Ele não precisava falar,
era só ele me olhar
que eu já ficava ativo.
Meu pai me escutava
quando com ele eu falava
com meu jeito de menino.
Ele apenas me escutava
e em silêncio ficava
ouvindo o meu desatino.
Meu pai me deixava,
saía, depois voltava,
alimento ele trazia.
Eu ficava com saudade,
ele ia á cidade,
voltava no fim do dia.
Meu pai era meu amigo,
estava sempre comigo,
mesmo quando se ausentava.
Me tratava com carinho,
me falava de mansinho,
o meu pai nunca gritava.
Meu pai de mim cuidava,
pra passear me levava
a cavalo ou a pé.
Era um homem correto,
era honesto, discreto,
um homem de muita fé.
Cícero Alvernaz (autor) 09-12-2017.

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