TRAVO
Me arranque, retire
do peito
me faça um brinquedo
sem medo
me jogue, me pise,
me alise
me conta uma história
simplória
me instigue, me inspire,
retire
de mim esse travo,
escravo
de ser e querer
e saber
que não posso ficar
a pairar
sem saber meu destino
menino
que bate nos seixos, debate,
rebate
e volta, revolta,
se solta
me arranque, retire
do peito
me jogue, me pise,
deslise
a mão no meu peito,
sem jeito
me aclame, me ame,
serei seu escravo errante,
amante
perdido em desejos,
carinhos e beijos.
Me arranque, retire
do peito
me faça um brinquedo
sem medo
me jogue, me pise,
me alise
me conta uma história
simplória
me instigue, me inspire,
retire
de mim esse travo,
escravo
de ser e querer
e saber
que não posso ficar
a pairar
sem saber meu destino
menino
que bate nos seixos, debate,
rebate
e volta, revolta,
se solta
me arranque, retire
do peito
me jogue, me pise,
deslise
a mão no meu peito,
sem jeito
me aclame, me ame,
serei seu escravo errante,
amante
perdido em desejos,
carinhos e beijos.
Cícero Alvernaz (autor) 08-03-2017
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