POUCO CASO
Ela não quis, não fez caso,
nem se importou com o presente.
Deixou-o de lado ao invés de te-lo guardado,
nem o abriu para ver o que era.
Mas foi melhor assim, eu entendi
e até fiz questão de dizer,
pois gosto de sinceridade,
só não gosto de falsidade,
ser o último a saber.
Fiquei pensando na vida,
nos absurdos que acontecem todo dia,
na ingratidão do filho, na insensibilidade do pai,
na falta de carinho da mãe...
Pensei no que tenho feito,
como tenho me comportado até agora
e me senti envergonhado,
pois muitos presentes tenho abandonado,
e muito amor tenho jogado fora.
Cícero Alvernaz (autor) 27-06-2016.

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