AGOSTO
Cai a fuligem
Em forma de cinza
Sujando a roupa no varal.
A lavadeira xinga e reclama,
Achando que tudo vai mal.
Depois vem a poeira
Trazida pelo vento,
Espalha tudo e suja ainda mais.
Não adianta xingar
A cinza, o vento, o tempo...
Não adianta xingar.
O rádio ligado
Traz de longe notícias ruins.
Também traz músicas,
Horóscopos e afins.
Não adianta o rádio desligar,
Pois é agosto e nada vai mudar.
A lavadeira sonha,
Apesar da cinza e do sol.
O rádio ligado é apenas
Um som distante a vagar.
O mundo ao redor é todo cinza.
Estamos em agosto,
Não adianta reclamar.
(Cícero Alvernaz)
Membro da Academia Guaçuana de Letras
Cai a fuligem
Em forma de cinza
Sujando a roupa no varal.
A lavadeira xinga e reclama,
Achando que tudo vai mal.
Depois vem a poeira
Trazida pelo vento,
Espalha tudo e suja ainda mais.
Não adianta xingar
A cinza, o vento, o tempo...
Não adianta xingar.
O rádio ligado
Traz de longe notícias ruins.
Também traz músicas,
Horóscopos e afins.
Não adianta o rádio desligar,
Pois é agosto e nada vai mudar.
A lavadeira sonha,
Apesar da cinza e do sol.
O rádio ligado é apenas
Um som distante a vagar.
O mundo ao redor é todo cinza.
Estamos em agosto,
Não adianta reclamar.
(Cícero Alvernaz)
Membro da Academia Guaçuana de Letras
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