CANÇÃO DA ÁGUA
No
pote, na bica, no vaso,
Escorre
o líquido santo,
Levando
a todos que anseiam
Um
pouco de vida e paz.
A
água que mata a sede
É
graça, é luz, alimento,
Dá
vida ao homem sedento,
Hidrata
o corpo e a alma,
E
a todos também satisfaz.
Nos
rios, riachos e mares,
Conserva
a vida e sustenta,
Correndo
sem nunca chegar...
Os
peixes sorriem nadando,
O
homem viaja remando,
Seu
sonho assim realizando.
As
águas são um desafio
Que
correm no leito do rio
Felizes
assim a cantar.
Se
chove, encharcam a terra,
Às
vezes são grandes enchentes,
Tristeza
e destruição.
São
lágrimas quentes que descem,
Suspiros
que a alma aquecem
Causando
dor e emoção.
A
água a tudo encharca
E deixa seu rastro, sua marca,
Causando
assim erosão.
Ninguém
sobrevive sem ela,
A
água é força, é vida,
Carinho
e mão estendida,
Remédio
que cura a ferida
Que
a sede na alma abriu.
No
pote, na bica, no vaso,
Escorre
o liquido santo,
Poesia, amor e acalanto,
No
rosto de alguém que partiu.
Cícero
Alvernaz (Membro da Academia Guaçuana de Letras)
Mogi
Guaçu, 14-01-2008.
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