O SAPATEIRO
O sapateiro bate a sola
enquanto numa vitrola
toca-se um ritmo lento.
As horas se perdem no ar
e o tempo assim a passar
emoldura o momento.
O sapateiro não sabe
de toda emoção que cabe
nas batidas que ele dá.
O sapato grita e geme
e de medo até treme
pulando pra lá e pra cá.
Mas é urgente o conserto
apesar de todo aperto,
apesar de tanta dor.
O martelo bate a sola,
alguém passa, pede esmola,
o sol quente é só calor.
Este é o seu ofício
que existe desde o início,
desde que o mundo é mundo.
Enquanto ele bate a sola
alguém passa e vai pra escola
pisando firme e bem fundo.
Passa alguém de bicicleta,
um conhecido poeta
que gosta de observar.
E depois faz estes versos
tão sublimes e diversos
com seu dom de versejar.
Mogi Guaçu, 31-10-2012.
O sapateiro bate a sola
enquanto numa vitrola
toca-se um ritmo lento.
As horas se perdem no ar
e o tempo assim a passar
emoldura o momento.
O sapateiro não sabe
de toda emoção que cabe
nas batidas que ele dá.
O sapato grita e geme
e de medo até treme
pulando pra lá e pra cá.
Mas é urgente o conserto
apesar de todo aperto,
apesar de tanta dor.
O martelo bate a sola,
alguém passa, pede esmola,
o sol quente é só calor.
Este é o seu ofício
que existe desde o início,
desde que o mundo é mundo.
Enquanto ele bate a sola
alguém passa e vai pra escola
pisando firme e bem fundo.
Passa alguém de bicicleta,
um conhecido poeta
que gosta de observar.
E depois faz estes versos
tão sublimes e diversos
com seu dom de versejar.
Mogi Guaçu, 31-10-2012.
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