CARINHO

Carinho se faz com jeitinho,
de forma espontânea querendo sempre agradar.
Carinho não se dá: carinho se troca
para que possa fluir e a muitos atingir.
Carinho não se aprende na escola,
não se pede como esmola e nunca se implora.
Carinho se pode dar e receber,
muitas vezes através de um olhar ou de um gesto.
Carinho é manifesto num sorriso, num abraço,
num beijo e num aperto de mão que faz disparar o coração.
Carinho é de um valor imenso e é tão intenso
que nos faz sorrir e chorar de emoção.
Carinho se semeia por aí ao encontrar pessoas carentes
que pedem tão pouco e tanto precisam!
Na beleza de um gesto, num simples "bom dia"
pode-se espalhar alegria.
Tudo pode acontecer, é só se dispor a fazer
e praticar carinho todo dia.
Carinho emerge de repente,
pois ele está dentro da gente e deseja sair.
Carinho não é para ser guardado, armazenado,
mas ser repartido, dividido...
Quanto mais se dá mais se recebe e mais se tem.
Multiplica enquanto se aplica,
e se intensifica em quem a ele se dedica.
Carinho se faz com jeitinho, de forma quase imperceptível.
Um toque sensível, tão leve!
Um momento longo ou breve,
mas sempre marcante.
Carinho flui num instante
e se espalha e atinge muita gente.
É um santo remédio que cura tristeza e tédio
e sempre nos deixa contentes.
É tão meigo o carinho!
Tão doce, tão leve como o verso
que se escreve numa folha de papel.
Carinho não se explica,
é doce emoção que fica,
é ternura que vem do céu.

Mogi Guaçu, 03-07-2013.
Cícero Alvernaz (autor)


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