VIZINHOS DO MAL

Entre milhares de estudos sobre os malefícios do cigarro, a grande maioria está centralizada no fumante. Recentemente saiu a mais ampla e ilustrativa pesquisa sobre os prejuízos sofridos pelos que não fumam, mas convivem com fumantes. O trabalho realizado pelas escolas de medicina e de saúde pública da Universidade de Harvard dá toda razão ao movimento antitabagista, que pretende proibir que as pessoas fumem num número cada vez maior de lugares. Segundo a pesquisa, o chamado “fumante passivo”, aquele que convive com as baforadas de outras pessoas, corre riscos muito maiores do que se imaginava . Publicada na revista Circulation, da Associação Americana do Coração, o estudo mostra que mulheres saudáveis que nunca fumaram, mas convivem com fumantes em casa ou no escritório, passam a ter o dobro de chance de desenvolver uma doença cardíaca. “É a pesquisa mais importante sobre o assunto”, avalia o médico Stantion Glantz, um dos maiores estudiosos sobre fumantes passivos.

Hoje em dia é praticamente impossível não ser um fumante passivo. Pelas contas da Organização Mundial de Saúde, um quinto de toda a população do mundo fuma. Dá 1,1 bilhão de pessoas. Só no Brasil os tabagistas somam mais de 35 milhões, que acendem 500 milhões de cigarros/dia. Mesmo para quem não mora em casa de fumante, sempre há aquele colega de trabalho, aquele amigo de faculdade ou um vizinho de mesa de bar com um cigarro na boca. E bastam vinte minutos de contato com a fumaça para que o organismo de quem nunca fumou comece a sofrer as primeiras alterações fisiológicas. Não é à toa.

Os cientistas já sabem que, entre outros venenos, a fumaça do cigarro contém 75% do monóxido de carbono expelido pelo escapamento de um carro. Os dados tornam-se cada vez mais alarmantes quando se descobre que as pessoas passam 80% de seu tempo em lugares fechados. O risco é mais acentuado para as crianças, pois, sobretudo até os 2 anos de idade, elas inalam de duas a três vezes mais poluentes que os adultos, porque respiram mais rápido e a quantidade de ar que lhes chega aos pulmões é proporcionalmente maior. Expostas constantemente ás baforadas dos adultos, elas padecem de infecções respiratórias com muito mais freqüência. Os filhos dos fumantes chegam a ter quase o dobro de chance de adquirir essas doenças.

Ao pai ou mãe fumante, um alerta: quanto mais longe a criança estiver da fonte de emissão da fumaça, melhor para ela, mas sempre haverá certa intoxicação dentro de uma casa ou apartamento, a menos que as janelas estejam abertas – e as portas de comunicação entre os cômodos fechadas. O poder de impregnação da fumaça do cigarro é enorme. Se os adultos fumam na sala à noite será possível encontrar no dia seguinte vestígios das substãncias químicas do tabaco na urina da criança. (Extraído da Revista Veja).

Por estas verdades expostas, e por tantas outras que são do conhecimento de quase todos, evite a qualquer custo ficar próximo de alguém que esteja fumando Não seja um “fumante passivo”, mas seja um indivíduo ativo que sabe valorizar a vida e procura melhorar a cada dia a sua qualidade. Seja inteligente, prudente e tenha uma vida saudável.

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