MEUS SAPATOS Meus sapatos dormem sob a cama depois de andar por aí na lama. Eles descansam de seu afã e vão ficar assim até amanhã de manhã. Meus sapatos me protegem e me ajudam todo dia. Agora eles dormem sob a cama depois de andar por aí na lama. Meus sapatos me auxiliam na minha longa jornada. Eles protegem meus pés contra todo o revés. Agora eles descansam bem juntinhos sob a cama. Eles descansam de seu afã e vão ficar assim até amanhã de manhã. Cícero Alvernaz (autor) 06-01-2018.
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COMO UM VENTO Você veio como um vento. Você veio assim, se chegou perto de mim e foi me levando, levando... E eu me deixei ser levado e depois fiquei num estado que eu não me reconhecia, perdido em meu verso e poesia, me perdi em pleno dia e de quase nada sabia, quase nada entendia do que falava, do que ouvia... Você veio como um vento, e me levou sem destino, me senti como um menino no seu mundo, sem segredo. Você me levou de repente, fiquei feliz e contente sem tristeza e sem medo. Cícero Alvernaz (autor) 06-01-2018.
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TEM DIA QUE A GENTE ESTÁ TRISTE Tem dia que a gente está triste de uma tristeza que não se explica, que fica rondando em volta e fica, abraça a gente, aperta de um jeito que deixa a gente assim tão sem jeito, querendo falar, se expressar, mas o peito a tudo se nega, se fecha, se aperta, se entrega, desiste, tristeza que insiste, tristeza tão triste que até desvanece, inunda a alma e a vida escurece... Tem dia que a gente está triste e não quer chorar, porém, não resiste. 05-01-2018.
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NÃO LEIA Não leia, não faça cara feia, não perca seu tempo com essa escrita alheia. Não leia, não acredite, nem creia, não dê a menor importância a esse cara que garganteia. Não leia porque isto te incendeia e faz perder o seu tempo com essa escrita alheia. Não leia... Mas você já leu. Gastou o seu tempo a toa, mas nada de mal te aconteceu. Cícero Alvernaz (autor) 05-01-2018.
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CADEIRANTE É chamado popularmente de cadeirante por ser uma pessoa que vive a maior parte de sua vida sentado numa cadeira de rodas, dependendo de pessoas para se locomover. É uma pessoa limitada em seus movimentos, mas geralmente se supera e serve de exemplo para muitas outras pessoas. Recentemente eu estava numa cidade grande, num ponto de ônibus, e vi que uma pessoa sentada numa dessas cadeiras desceu ou foi descido do ônibus. Percebi que na calçada tinha um defeito e a pessoa não e stava conseguindo ultrapassar aquele obstáculo. Imediatamente me ofereci para ajudar e a pessoa me agradeceu e prosseguiu no seu itinerário. Fiquei pensando no quando fui útil - e aquela oportunidade serviu de aprendizado pra mim. Pude refletir sobre o cadeirante e a a sua limitação. Na vida temos sempre oportunidade de sermos úteis nas mais diferentes situações e nunca devemos nos omitir. (04-01-2018)
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ROUPAS NO VARAL Começo de ano, sol a pino, calor de janeiro e alguma chuva mansa saltitando qual criança, aparecendo de vez em quando. Nesse ambiente inocente algumas peças de roupas dançam livres no varal acariciadas pelo vento. Junto tudo isto e formo uma crônica aproveitando esse material que, em parte, sobrou do ano passado. Drummond, em seu famoso poema, afirma que "O ano passado não passou, continua incessantemente. Em vão marco novos encontros. Todos são encontros passados". (O ano passado, Carlos Drummond de Andrade). Mas o ano novo já chegou e assumiu com todas as homenagens e festas as rédeas para a grande jornada de 365 dias. Portanto, já estamos em 2018, embora ainda haja resquícios de 2017 soltos pelo ar. Diante desta realidade palpável me detenho a olhar o cenário (enquanto ouço um canário cantando no meu quintal). Vejo também outros elementos que desfilam pelo espaço, que chamo carinhosamente de "meu paraíso". Olhando um pouco mais vejo um varal o...
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PREGUIÇA Preguiça é um estado, ou uma falta de estado de espírito, uma falta de vontade de ter vontade, um ânimo desanimado, um estado de letargia, uma vontade sem vontade, um desejo de ficar deitado, ou mesmo sentado, escorado ou encostado. Preguiça é uma força sem força, um corpo sem movimentos, solto e indo ao sabor do vento, um jeito de encarar de olhos fechados, de avançar, mas ficar parado, de brigar, mas apanhar igual a um condenado. É uma braveza sem bravura , uma barata tonta que se amedronta e se desmonta. Preguiça é uma vontade de ir pra cama, ou mesmo deitar até na lama e se encolher e se esticar e ficar mais morto do que vivo. Preguiça é o que eu sinto depois do almoço, uma moleza total, dos pés ao pescoço, uma dificuldade para manter os olhos abertos e o coração pulsando e uma inveja de quem está de pé e andando. Preguiça, enfim, é coisa boa. Preguiça sou eu em pessoa. (04-01-2018)