Cícero Alvernaz

P.C.O  PCO é o nome, ou a sigla do um partido político de esquerda, que são partidos que defendem o PT e os seus aliados. Partido da Causa Operária é um pequeno partido político como tantos outros, ou a maioria deles. PCO é também é nome de uma comida muito saborosa, que muita gente gosta e é fácil de fazer. Vejam que a semelhança está só na sigla. Mas que comida é esta? O Partido eu conheço de nome, mas a comida, o alimento que tanta gente gosta, qual será? Na hora de votar eu não votaria no Partido, mas votaria na comida, no nosso PCO tão gostoso. Para acudir os curiosos de plantão, PCO nada mais é do que Pão Com Ovo. E quem não gosta? (09-09-2017)

CARAVANA Onde passar a sua caravana estarei no meio, bem no meio. Onde colocares o teu pé também colocarei o meu,  onde pousares, seja onde for, em meio ao conforto, ou a dor, ali estarei eu. Onde você for irei contigo, pois quero te seguir. Seja num deserto, sem árvores por perto, coberto de poeira, sem água, sem oásis, estarei contigo seja onde for. Onde passar a sua caravana, estarei alerta, estarei presente. Onde colocares a tua mão colocarei meu coração. Onde deitares faço a minha cama como quem deseja, como alguém que ama, sempre em prontidão. Cícero Alvernaz, (09-09-2017)

DOR  O que é dor? Dor pode ser um sentimento físico, psicológico ou emocional. Seja como for, dor é algo que nunca sabemos, até que doa em nós. Portanto, no outro é algo subjetivo. Por outro lado, podemos sentir a dor do outro, mas não fisicamente. Enquanto alguém chora e faz caretas de tanta dor, nós nada sentimos e sequer imaginamos a gravidade do problema. Existem vários tipos de dor, algumas mais fortes, outras mais fracas e outras intermitentes. Dizem que a pior dor é a dor  de dente, mas outros dizem que é a cólica. Dor lombar, dor nas costas, dor de cabeça ou dor nas pernas acabam sendo a mesma dor, embora sejam variáveis. Há dores que não entendemos, e os outros entendem menos ainda, por exemplo, a dor do amor. Esta dói muito, com muita intensidade e, em geral, custa a passar. Quem nunca a teve? Há remédios contra dor? Analgésicos, anti inflamatórios e outros. Cada um toma o seu remédio preferido, mas a dor volta, ás vezes ainda mais forte. Há fisioterapia, massagens ...

PÃO COM MORTADELA E REFRIGERANTE Vivi nesse tempo: Pão com mortadela e refrigerante. E ainda hoje tem muita gente que adora. Não é mais como era naquele tempo e para muitos isto até virou piada, por sinal, de mau gosto. Pão com mortadela e refrigerante (tirando fora o refrigerante) é saudável e tem muita gente que gosta. Eu não como mais faz tempo. Pão eu ainda gosto, mortadela eu parei de comer quando descobri que ela é feita com a carne de cavalo velho, segundo alguém me co nfidenciou, que transportava cavalos velhos para uma grande cidade de São Paulo e eles viravam mortadela, ou entravam como um "adicional" na fabricação dessa especiaria. E refrigerante eu nunca mais tomei desde que descobri o que realmente é esta bebida: um autêntico veneno líquido. Mas muita gente continua degustando por aí, principalmente em época de campanha política e manifestações. Daí veio a expressão; "os mortadelas". E tem gente que assume que é mortadela até à morte. Coisas do nosso qu...

ERA AMOR Era amor, mas não era exatamente amor. Na verdade, era mais do que amor. Era algo que dominava por inteiro, um carinho que não se expressava só em palavras ou gestos. Era algo que mexia, fascinava e dizia coisas lindas com um simples olhar. Era um sonho real, especial que se sonhava acordado, muitas vezes olhando de lado sem ver o ser amado, mas sentindo a sua presença real, seu perfume, sua cor. Era amor, era muito amor, era tanto amor que o tempo parava e a vida se esvaia como a rima na poesia, o vento na folha, a música no ar. Era amor, difícil controlar esse amor que não era possessivo nem ciumento e não era apenas amor, era a própria vida em flor. Era amor para sempre, por toda eternidade. Era amor, eterno amor. Era amor de verdade. (06-09-2017).

O MENINO QUE FUI O menino que fui deságua em mim, ele vem de pés no chão e traz estrelas na mão. Ele se perde nas ilhas e se encontra nos mares. O menino que fui constrói altares. Ele vem no sonho em forma de estrelas e pisca pra mim, e deságua em mim. Esse menino me envolve com sua roupa de lã. E se perde na distância, e se vai no seu afã. O menino que fui não dorme nem descansa. Ele habita em mim e me faz de novo criança. Nas ruas do sono caminha ligeiro. Ele vai com o seu jeito todo feliz e faceiro. Cícero Alvernaz (autor) 04-09-2017.

EXPRESSÕES As expressões do seu rosto, as marcas, os sulcos, me levam pra longe e me lembram histórias e momentos. Um jeito, um gesto, um olhar manifesto, um sorriso que não quer sair, tudo isto evidencia uma dor, uma certa tristeza, um pensamento longe, um momento de incerteza na vida de quem já viveu. As expressões do seu rosto me falam de alguém que mais chorou do que sorriu. Me falam de um grande amor que um dia partiu. Cícero Alvernaz (autor) 04-09-2017.