O PORTÃO E A RUA

Saí no portão, olhei a rua,
o som da rua me veio de repente,
olhei pra frente, pro lado,
me dei conta de que estava acordado.
Passaram-se meses de espera,
um dia, uma noite, uma madrugada,
um sonho, um pesadelo,
manhã chegando, pássaros cantando no arvoredo.
O portão continua lá bocejando,
talvez me aguardando, ou apenas pensando.
A rua é a mesma com carros e carroças,
crianças que vem da escola,
homens que vem da roça.
Eu continuo o mesmo,
meus versos pingam como chuva no telhado,
meu coração é um sonho mal sonhado,
meu peito é um rio de ternura,
meus olhos são fontes de carinho e candura.
03-02-2023

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

POEMA DA LAVADEIRA

ZONA RURAL

PASSARINHO MORTO