UM RETRATO
Um retrato, uma figura, podem dizer muito. Podem ensinar lições, declamar versos e causar emoções. Um simples retrato na parede, ou mesmo jogado em algum canto pode falar tanto e até causar espanto. É só olhar bem, prestar atenção, abrir o coração e ouvir a mensagem, a canção. Um retrato pode falar muito e nos ensinar preciosas lições. Pode mexer conosco, pode provocar profundas emoções. Nunca devemos ignorar um retrato na parede. Com estas palavras, olhando um retrato, me disponho e me ponho a escrever mais uma crônica. Na vida existem momentos e objetos que formam versos e contam histórias que preenchem esse espaço tão amado e tão querido que é a nossa vida. É incrível como as coisas se encaixam e se tocam, cada uma com a sua função, o seu valor. É só observar as nuances, se ater às histórias, criar personagens, voltar no tempo e se arremeter no espaço para podermos abraçar e curtir o que a vida nos oferece graciosamente. Não me lembro do meu primeiro retrato, naquele tempo já tinha retratos, mas eu só vim a "me conhecer" quando fui tirar os meus documentos e, finalmente, posei e deixei me fotografar, um pouco assustado, e depois vi o resultado tão esperado... De lá para cá comecei a observar os detalhes tantos e então pude ver além da vista, pude imaginar o retrato na parede e perceber que ele queria falar comigo. Com o seu jeito, ele me dizia palavras, embora já estivesse cansado e até amassado, corroído pelo tempo ali inerte e desprezado. Depois vi outros retratos: quadros de "santos" na casa de um vizinho me olhando muitas vezes com ar de reprovação. E outros eu vi pela vida afora, cada um com a sua história, com sua tristeza, pendentes na parede, empoeirados, tristes e abandonados. Vi um retrato de Jesus, da virgem com seus olhos azuis e sua beleza inegável. Mas o meu retrato não foi colocado na parede, apenas foi colado numa folha da minha CTPS (Carteira de Trabalho e Previdência Social). Um turbilhão de pensamentos, depois vieram outros retratos que ficaram amarelados e foram amassados. E hoje eu ainda os vejo e os contemplo com a mesma atenção e ansiedade. Por que um retrato, uma fotografia fala tanto conosco? Carlos Drummond de Andrade, no seu poema Confidências do itabirano, fez uma homenagem à sua terra natal, Itabira MG, e termina assim o seu famoso poema: "Tive ouro, tive gado, tive fazendas. Hoje sou funcionário público. Itabira é apenas uma fotografia na parede. Mas como dói!". Eu fico imaginando o poeta olhando a fotografia na parede e lembrando de sua terra, depois ele escreve esse poema tão lindo, que ficou conhecido mundialmente e depois foi traduzido para vários idiomas. A foto, o retrato trazem inspiração, mexem com o nosso subconsciente, com as nossas emoções. Acredito que todos já tiveram essa sensação, já sentiram esse arrepio. Por isso, nunca devemos ignorar um retrato na parede.
Um retrato, uma figura, podem dizer muito. Podem ensinar lições, declamar versos e causar emoções. Um simples retrato na parede, ou mesmo jogado em algum canto pode falar tanto e até causar espanto. É só olhar bem, prestar atenção, abrir o coração e ouvir a mensagem, a canção. Um retrato pode falar muito e nos ensinar preciosas lições. Pode mexer conosco, pode provocar profundas emoções. Nunca devemos ignorar um retrato na parede. Com estas palavras, olhando um retrato, me disponho e me ponho a escrever mais uma crônica. Na vida existem momentos e objetos que formam versos e contam histórias que preenchem esse espaço tão amado e tão querido que é a nossa vida. É incrível como as coisas se encaixam e se tocam, cada uma com a sua função, o seu valor. É só observar as nuances, se ater às histórias, criar personagens, voltar no tempo e se arremeter no espaço para podermos abraçar e curtir o que a vida nos oferece graciosamente. Não me lembro do meu primeiro retrato, naquele tempo já tinha retratos, mas eu só vim a "me conhecer" quando fui tirar os meus documentos e, finalmente, posei e deixei me fotografar, um pouco assustado, e depois vi o resultado tão esperado... De lá para cá comecei a observar os detalhes tantos e então pude ver além da vista, pude imaginar o retrato na parede e perceber que ele queria falar comigo. Com o seu jeito, ele me dizia palavras, embora já estivesse cansado e até amassado, corroído pelo tempo ali inerte e desprezado. Depois vi outros retratos: quadros de "santos" na casa de um vizinho me olhando muitas vezes com ar de reprovação. E outros eu vi pela vida afora, cada um com a sua história, com sua tristeza, pendentes na parede, empoeirados, tristes e abandonados. Vi um retrato de Jesus, da virgem com seus olhos azuis e sua beleza inegável. Mas o meu retrato não foi colocado na parede, apenas foi colado numa folha da minha CTPS (Carteira de Trabalho e Previdência Social). Um turbilhão de pensamentos, depois vieram outros retratos que ficaram amarelados e foram amassados. E hoje eu ainda os vejo e os contemplo com a mesma atenção e ansiedade. Por que um retrato, uma fotografia fala tanto conosco? Carlos Drummond de Andrade, no seu poema Confidências do itabirano, fez uma homenagem à sua terra natal, Itabira MG, e termina assim o seu famoso poema: "Tive ouro, tive gado, tive fazendas. Hoje sou funcionário público. Itabira é apenas uma fotografia na parede. Mas como dói!". Eu fico imaginando o poeta olhando a fotografia na parede e lembrando de sua terra, depois ele escreve esse poema tão lindo, que ficou conhecido mundialmente e depois foi traduzido para vários idiomas. A foto, o retrato trazem inspiração, mexem com o nosso subconsciente, com as nossas emoções. Acredito que todos já tiveram essa sensação, já sentiram esse arrepio. Por isso, nunca devemos ignorar um retrato na parede.
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