QUANDO VOU A MINAS
Quando vou a Minas
me perco e me acho,
me viro e me desviro,
me olho e não me vejo.
É tanto sonho, tanto desejo,
que eu me esqueço,
me escondo, me esclareço
me assanho, me enterneço,
depois me viro do avesso.
Quando vou a Minas
me perco e me acho,
me viro e me desviro,
me olho e não me vejo.
É tanto sonho, tanto desejo,
que eu me esqueço,
me escondo, me esclareço
me assanho, me enterneço,
depois me viro do avesso.
Quando vou a Minas
eu me perco e me encontro,
entro e saio, quanto desencontro!
Vou a Minas, depois volto,
me prendo e depois me solto,
fico tonto, me desmonto,
me entrego e me rendo,
eu me troco e me vendo.
Quando vou a Minas sou pateta,
fico com a alma inquieta,
sou cantador e sou poeta.
Minas me faz bem e me faz mal,
faz-me ser igual e desigual,
faz-me esquecer minha plumagem,
observo tudo na viagem,
perco-me olhando a paisagem...
Quando vou a Minas
provo do seu doce, seu tempero,
não quero voltar, que desespero!
Não posso negar que sou mineiro.
Cícero Alvernaz (autor)
02-05-2018.
eu me perco e me encontro,
entro e saio, quanto desencontro!
Vou a Minas, depois volto,
me prendo e depois me solto,
fico tonto, me desmonto,
me entrego e me rendo,
eu me troco e me vendo.
Quando vou a Minas sou pateta,
fico com a alma inquieta,
sou cantador e sou poeta.
Minas me faz bem e me faz mal,
faz-me ser igual e desigual,
faz-me esquecer minha plumagem,
observo tudo na viagem,
perco-me olhando a paisagem...
Quando vou a Minas
provo do seu doce, seu tempero,
não quero voltar, que desespero!
Não posso negar que sou mineiro.
Cícero Alvernaz (autor)
02-05-2018.
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