A MENINA DOENTE
A menina doente
Já não chora, já não grita,
Fica calada somente,
Não se mexe, não se irrita.
Já não chora, já não grita,
Fica calada somente,
Não se mexe, não se irrita.
Fica assim deitada
E passa horas na cama
Tão quietinha, calada,
Que nem a mãezinha ela chama.
E passa horas na cama
Tão quietinha, calada,
Que nem a mãezinha ela chama.
A menina doente
É um anjo de criança,
Ninguém sabe o que ela sente
Enquanto o dia avança.
É um anjo de criança,
Ninguém sabe o que ela sente
Enquanto o dia avança.
O vento lhe faz companhia
E vem beijar-lhe o rosto
Trazendo amor e alegria
No meio de tanto desgosto.
E vem beijar-lhe o rosto
Trazendo amor e alegria
No meio de tanto desgosto.
Os passarinhos na mata
Entoam sua linda canção,
E lhe fazem serenata
Tocando o seu coração.
Entoam sua linda canção,
E lhe fazem serenata
Tocando o seu coração.
Depois vem a enfermeira
Trazendo o amargo remédio,
A tarde passa sem pressa
Aumentando o seu tédio.
Trazendo o amargo remédio,
A tarde passa sem pressa
Aumentando o seu tédio.
A menina então suspira
Cheia de dor e saudade,
Com dificuldade respira
Cheia de amor e bondade.
Cheia de dor e saudade,
Com dificuldade respira
Cheia de amor e bondade.
A menina doente
Do jardim é a linda flor
Que murchou tão de repente
Mas ainda cultiva o amor.
Do jardim é a linda flor
Que murchou tão de repente
Mas ainda cultiva o amor.
Cícero Alvernaz (Membro da Academia Guaçuana de Letras)
Mogi Guaçu, 07 de janeiro de 2009.
Mogi Guaçu, 07 de janeiro de 2009.
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