DE REPENTE

De repente bate uma dor
Que vem não sei de onde
E atravessa todo o meu corpo
E faz sangrar a alma.

Tristes lembranças me vêm
Misturadas com minhas lágrimas
Que insistem em cair
Molhando todo o meu corpo.

Dor, tristeza, nostalgia,
Vontade de sair, me esquecer...
Subir bem alto, gritar,
E nunca mais voltar.

Vagueio por aí sem rumo
Qual menino perdido na rua.
Onde está o amor? - minha mãe
e meu pai, onde estão?

Meu pai, minha mãe,
Sou um órfão, sou nada.
Procuro um ombro amigo,
Mas só encontro um vazio.

De repente bate uma dor
Misturada com saudade.
Minha poesia chora no peito
E se transforma em quentes lágrimas.


Cícero Alvernaz (22-09-2008)
Mogi Guaçu, SP.

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