À ESPERA DA POESIA
A poesia não veio,
Em vão espero por ela,
Me arrumo, me penteio,
Olho de novo a janela.
Olho o relógio nervoso,
Vou à porta, olho a rua,
A poesia não atrasa -
A espera continua...
Não sei qual foi o motivo,
Ou se ela se esqueceu.
Eu aqui à sua espera
E ela não apareceu.
Queria vê-la de novo
E tanta coisa falar,
Me entregar aos seus carinhos
Dormir, e feliz sonhar.
Saio lá fora ansioso
Já sem nenhuma esperança,
Sou um resto de passado,
Sou uma triste criança.
Ergo o olhar por sobre as casas
E me vem doce lembrança,
Fico assim ensimesmado
Enquanto o dia avança.
Porém olhando a distância
No imenso céu azul
Vejo uma estrela que brilha,
Vejo o cruzeiro do sul.
Depois olho a natureza
Com seu gesto de amor
E descubro em meio a tudo
A poesia numa flor.
(Cícero Alvernaz)
Membro da Academia Guaçuana de Letras.
A poesia não veio,
Em vão espero por ela,
Me arrumo, me penteio,
Olho de novo a janela.
Olho o relógio nervoso,
Vou à porta, olho a rua,
A poesia não atrasa -
A espera continua...
Não sei qual foi o motivo,
Ou se ela se esqueceu.
Eu aqui à sua espera
E ela não apareceu.
Queria vê-la de novo
E tanta coisa falar,
Me entregar aos seus carinhos
Dormir, e feliz sonhar.
Saio lá fora ansioso
Já sem nenhuma esperança,
Sou um resto de passado,
Sou uma triste criança.
Ergo o olhar por sobre as casas
E me vem doce lembrança,
Fico assim ensimesmado
Enquanto o dia avança.
Porém olhando a distância
No imenso céu azul
Vejo uma estrela que brilha,
Vejo o cruzeiro do sul.
Depois olho a natureza
Com seu gesto de amor
E descubro em meio a tudo
A poesia numa flor.
(Cícero Alvernaz)
Membro da Academia Guaçuana de Letras.
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