O som da rua me irrita. Não é o som de pessoas adultas, crianças brincando, nem o som de animais. É o som estridente dos vendedores de tudo que se pode imaginar, desde ovos, gás, pamonha, vassoura, verduras, laranja, abacaxi e vai por aí. O som alto alcança os meus tímpanos e me desconcentra, mas eu entendo a necessidade de cada um e dou um tempo, e paro aquilo que estou fazendo. Tem o som dos automóveis, das motos com seus escapamentos escandalosos e o som que é adaptado nos carros que chega a balançar a casa. Tudo me irrita, mas isto passa. Mas quando eu penso que já passou e já se foi vem outro... Eu amo o silêncio!

Cícero Alvernaz (autor), 18-08-2014.

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