AIDS
O homem se degenera,
Topa tudo, se libera,
Fica bobo, vira cão.
Bebe, fuma, joga, briga,
Sai com qualquer rapariga
E diz que é tudo emoção.
Passa noites no inferno
Seja verão ou inverno,
Diz pra todos: sou o tal,
Não perde forró, boemia,
Chega em casa já é dia,
Num constante carnaval.
A saúde vai embora,
Não sabe se ri ou se chora,
Como é triste o seu viver!
Emagrece pouco a pouco,
Quebra tudo, fica louco,
“Está com AIDS: vai morrer”.
Cícero Alvernaz (Autor)
Mogi
Guaçu, SP, 29-04-1989
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